Marco Monteiro, historiador
Esta biografia tem a pretensão de dar a conhecer um pouco melhor a vida de uma personagem de relevo na História de Portugal, inserida na cronologia que decorre entre 1475 e 1600.
Apesar do imenso leque de indivíduos que compõem a nossa história nacional neste período, aqueles que deram vida à Dinastia de Avis fizeram-no de forma especial e inédita, não apenas pela forma como desenvolveram o quadro político, mas também pelas dificuldades com que se debateram nas sucessões hierárquicas tão necessárias à estabilidade da nação portuguesa, face ao perigo de Castela.
Portugal moderno é marcado por fortes modificações político-económicas e ainda sócio-culturais, pois a expansão portuguesa permitiu a constituição de um império grandioso que trouxe à Europa grandes inovações e aos portugueses o prestígio merecido.
No seio dos grandes descobrimentos, D. Manuel I (pertencente à Dinastia de Avis-Beja) marca o seu reinado com grandes prosperidades, justificando o cognome de o Venturoso. Nascido em Alcochete aos 31 dias do mês de Maio do ano de 1469, viria a perecer em Lisboa a 13 de Dezembro de 1521, deixando o reino a cargo do seu filho D. João III, apesar da extensa prole proliferada ao longo dos seus três casamentos. (Ver Anexo A) Do seu casamento com D. Isabel, entre muitos descendentes, nasceu D. Luís, o Infante de Portugal e precisamente o homem de quem esta biografia dará toda a informação que foi possível reunir sobre tão ilustre personagem da nossa história.
Apesar do imenso leque de indivíduos que compõem a nossa história nacional neste período, aqueles que deram vida à Dinastia de Avis fizeram-no de forma especial e inédita, não apenas pela forma como desenvolveram o quadro político, mas também pelas dificuldades com que se debateram nas sucessões hierárquicas tão necessárias à estabilidade da nação portuguesa, face ao perigo de Castela.
Portugal moderno é marcado por fortes modificações político-económicas e ainda sócio-culturais, pois a expansão portuguesa permitiu a constituição de um império grandioso que trouxe à Europa grandes inovações e aos portugueses o prestígio merecido.
No seio dos grandes descobrimentos, D. Manuel I (pertencente à Dinastia de Avis-Beja) marca o seu reinado com grandes prosperidades, justificando o cognome de o Venturoso. Nascido em Alcochete aos 31 dias do mês de Maio do ano de 1469, viria a perecer em Lisboa a 13 de Dezembro de 1521, deixando o reino a cargo do seu filho D. João III, apesar da extensa prole proliferada ao longo dos seus três casamentos. (Ver Anexo A) Do seu casamento com D. Isabel, entre muitos descendentes, nasceu D. Luís, o Infante de Portugal e precisamente o homem de quem esta biografia dará toda a informação que foi possível reunir sobre tão ilustre personagem da nossa história.
BIOGRAFIA
O Infante D. Luís nasceu em Abrantes no terceiro dia do mês de Março do ano de 1506. Foi o 5º Duque de Beja, Condestável do Reino, Grão-prior do Crato e pertenceu à Ordem de S. João de Jerusalém.
O governador de sua casa era Rui Teles de Meneses, senhor de Unhão, que foi nomeado por D. Manuel I através de carta régia de 10 de Maio de 1507, quando o Infante tinha ainda pouco mais de um ano de idade.
Desde muito cedo que o Infante D. Luís deu provas de grande inteligência, entregando-se arduamente ao estudo, ao lado de seu colega Pedro Nunes que lhe transmitira os ensinamentos de Aritmética, Geometria, Astronomia e Filosofia. Em todos estes campos da ciência, D. Luís distinguiu-se de uma forma notável. Entre muitos dos seus fiéis amigos encontrava-se D. João de Castro, com quem conservou sempre a mais fraternal amizade e ainda Lourenço de Cáceres que para além de amigo foi também seu mestre, distinguindo-se por ser um homem de vasta erudição a quem o Infante acabaria por nomear para seu secretário.
Apesar das inúmeras áreas a que o Infante se dedicou, sempre mostrou maior inclinação para a poesia, nomeadamente por Gil Vicente, do qual manifestara sempre o maior dos afectos. Existem alguns relatos que lhe atribuem a autoria de vários autos, embora esta informação não seja de todo fidedigna. No entanto, o Conde de Vimioso afirma ser da autoria de D. Luís o Auto de Dom Duardos, que mais tarde aparecera na obra de Mestre Gil, porém, parece-nos muito estranho o facto de o Infante aceitar tal plágio e manter-se no anonimato por tanto tempo.
O seu trato com inúmeros sábios e poetas, para além do seu feitio afectuoso e da sua amabilidade natural conjugado com os seus talentos e encantos de homem de espírito lhe granjearam a estima geral, não somente no paço mas também em todo o reino.
Na verdade, a personalidade do Infante D. Luís contrastava por completo com o feitio reservado e sombrio de D. João III, seu irmão. A par desta diferença de feitios, é da opinião de muitos que toda esta popularidade crescente provocara alguma hostilidade por parte do monarca, que contrariava todos os seus planos. Um exemplo que pode indiciar tal situação é o facto de D. Luís desejar fortemente viajar até à Índia, não somente por desejo de glória e prestigio pessoal, o que se adequava perfeitamente aos nobres desta época, mas porque sentia que seria muito vantajoso e proveitoso a sua presença no Oriente.
Desta forma, D. Luís sentia grande desgosto em não poder realizar os seus desejos de aventuroso.
Conta-se que quando Carlos V pedira auxílio a Portugal, em 1530, para a expedição que ia empreender contra Barba-Roxa, em Tunes, uma vez que este se tinha assenhoreado das regências daquela cidade e de Argel, dominando impunemente o Mediterrâneo, El Rey Dom João III mandara uma esquadra de vinte caravelas, duas naus e o célebre galeão S. João, o navio mais famoso da época. Porém, mesmo sabendo que seu irmão D. Luís desejava comandar esta frota, acabou por confiar tal missão a António de Saldanha.
Perante a incredulidade de tal acto, o Infante deslocou-se de Évora a Barcelona, onde Carlos V o recebera com grandes provas de amizade e atribuindo-lhe o comando desta expedição. Perante tal gesto, D. João III outro remédio não teve senão sancionar esta atitude e enviar de imediato grandes fidalgos para o campo de batalha, com o intuito de auxiliarem seu irmão, e conferindo a D. Luís o comando da tropas portuguesas, transmitindo ainda a António de Saldanha que todos deveriam obedecer ao Infante, como se do rei se tratasse.
Graças a D. Luís, que cortara a fortíssima cadeia de ferro que atravessava o porto de Goleta, a frota entrou e obrigou o corsário levantino a fazer-se ao mar onde a batalha se tornara completamente desfavorável ao inimigo. Carlos V, por sua vez, recompensou o valoroso Infante e até pensou em torná-lo Duque de Milão, não fizessem as pretensões de França malograr este desígnio.
O governador de sua casa era Rui Teles de Meneses, senhor de Unhão, que foi nomeado por D. Manuel I através de carta régia de 10 de Maio de 1507, quando o Infante tinha ainda pouco mais de um ano de idade.
Desde muito cedo que o Infante D. Luís deu provas de grande inteligência, entregando-se arduamente ao estudo, ao lado de seu colega Pedro Nunes que lhe transmitira os ensinamentos de Aritmética, Geometria, Astronomia e Filosofia. Em todos estes campos da ciência, D. Luís distinguiu-se de uma forma notável. Entre muitos dos seus fiéis amigos encontrava-se D. João de Castro, com quem conservou sempre a mais fraternal amizade e ainda Lourenço de Cáceres que para além de amigo foi também seu mestre, distinguindo-se por ser um homem de vasta erudição a quem o Infante acabaria por nomear para seu secretário.
Apesar das inúmeras áreas a que o Infante se dedicou, sempre mostrou maior inclinação para a poesia, nomeadamente por Gil Vicente, do qual manifestara sempre o maior dos afectos. Existem alguns relatos que lhe atribuem a autoria de vários autos, embora esta informação não seja de todo fidedigna. No entanto, o Conde de Vimioso afirma ser da autoria de D. Luís o Auto de Dom Duardos, que mais tarde aparecera na obra de Mestre Gil, porém, parece-nos muito estranho o facto de o Infante aceitar tal plágio e manter-se no anonimato por tanto tempo.
O seu trato com inúmeros sábios e poetas, para além do seu feitio afectuoso e da sua amabilidade natural conjugado com os seus talentos e encantos de homem de espírito lhe granjearam a estima geral, não somente no paço mas também em todo o reino.
Na verdade, a personalidade do Infante D. Luís contrastava por completo com o feitio reservado e sombrio de D. João III, seu irmão. A par desta diferença de feitios, é da opinião de muitos que toda esta popularidade crescente provocara alguma hostilidade por parte do monarca, que contrariava todos os seus planos. Um exemplo que pode indiciar tal situação é o facto de D. Luís desejar fortemente viajar até à Índia, não somente por desejo de glória e prestigio pessoal, o que se adequava perfeitamente aos nobres desta época, mas porque sentia que seria muito vantajoso e proveitoso a sua presença no Oriente.
Desta forma, D. Luís sentia grande desgosto em não poder realizar os seus desejos de aventuroso.
Conta-se que quando Carlos V pedira auxílio a Portugal, em 1530, para a expedição que ia empreender contra Barba-Roxa, em Tunes, uma vez que este se tinha assenhoreado das regências daquela cidade e de Argel, dominando impunemente o Mediterrâneo, El Rey Dom João III mandara uma esquadra de vinte caravelas, duas naus e o célebre galeão S. João, o navio mais famoso da época. Porém, mesmo sabendo que seu irmão D. Luís desejava comandar esta frota, acabou por confiar tal missão a António de Saldanha.
Perante a incredulidade de tal acto, o Infante deslocou-se de Évora a Barcelona, onde Carlos V o recebera com grandes provas de amizade e atribuindo-lhe o comando desta expedição. Perante tal gesto, D. João III outro remédio não teve senão sancionar esta atitude e enviar de imediato grandes fidalgos para o campo de batalha, com o intuito de auxiliarem seu irmão, e conferindo a D. Luís o comando da tropas portuguesas, transmitindo ainda a António de Saldanha que todos deveriam obedecer ao Infante, como se do rei se tratasse.
Graças a D. Luís, que cortara a fortíssima cadeia de ferro que atravessava o porto de Goleta, a frota entrou e obrigou o corsário levantino a fazer-se ao mar onde a batalha se tornara completamente desfavorável ao inimigo. Carlos V, por sua vez, recompensou o valoroso Infante e até pensou em torná-lo Duque de Milão, não fizessem as pretensões de França malograr este desígnio.
A enorme religiosidade era outro dos atributos deste Infante, filho de Dom Manuel I. Foi em Estremoz que fundou o convento das religiosas de S. João de Malta, o único que aquela Ordem teve no nosso país, e ainda os dois conventos da província da Arrábida, de que foi grande benfeitor: o Convento de Nossa Senhora da Piedade, situado entre Benavente e Salvaterra e onde D. Luís residia a maior parte do ano, e o Convento de Santa Catarina de Ribamar, situado no termo e vizinhança de Lisboa. Este último viria a ser edificado pela Infanta D. Isabel, mulher do Infante D. Duarte.
D. Manuel I nomeara ainda seu filho D. Luís fronteiro-mor da comarca de Entre Tejo e Guadiana, por carta dada em Lisboa a 16 de Novembro de 1521 e assinada por D. João III, ainda príncipe, uma vez que D. Manuel não o podia fazer.
Dom João III viria então a confirmar esta nomeação aquando da sua subida ao trono, por carta de 5 de Agosto de 1527, em Coimbra.
À semelhança desta mercê, D. Luís foi feito também Duque de Beja, sendo-lhe ainda atribuída a posse das vilas da Covilhã, Seia, Almada, Moura, Serpa, Marvão, concelho de Lafões e Besteiros.
Uma carta de doação de Évora datada de 29 de Março de 1534 outorgou-lhe as rendas e senhorios de todo o termo de Beja, em que tomara posse o Dr. Afonso Serrão, desembargador, ouvidor e chanceler da casa de D. Luís, em 5 de Abril.
Foi ainda D. Luís, Infante de Portugal, Condestável do reino e administrador perpétuo com jurisdição no Priorado do Crato, através de carta em Coimbra datada de 10 de Março de 1529, declarando-se comendatário do dito priorado por determinação de seu pai, Dom Manuel I.
D. Luís nunca chegou a casar, apesar de diversas vezes ter sido negociado o seu matrimónio. Uma das tentativas de matrimónio foi efectuada precisamente por Carlos V que pensou em casá-lo com Maria Tudor de Inglaterra, princesa e filha de Henrique VIII, sendo herdeira da coroa por morte do seu irmão Eduardo VI e que mais tarde viria então a casar com Filipe II de Espanha. Esta tentativa por parte de Carlos V não resultou meramente porque a França se opôs. Por outro lado, a Princesa Cristina, filha de Cristiano II da Dinamarca e viúva de Francisco Sforza, foi outra das hipóteses para o Infante D. Luís, o que aliás lhe daria a coroa milanesa.
Em Novembro de 1555, encontrando-se o Infante em Salvaterra, acabou por adoecer e foi trazido para a corte. Alojou-se no Mosteiro de S. Bento dos Lóios, numa quinta do Conde de Linhares D. António de Noronha. Ali o acompanharam, a mando do rei, D. António de Ataíde, Conde da Castanheira, e Pedro de Alcáçova Carneiro, secretário do conselho de El-Rei D. João III. Porém, dentro de poucos dias o Infante viria a falecer, sendo sepultado no Convento de Belém.
No campo religioso, é da opinião de alguns autores que em certa altura da sua vida o Infante desejou vestir a roupa característica dos Jesuítas, no entanto, e por motivos desconhecidos, não foi aceite pelos superiores inacianos.
No campo das técnicas e novidades agro-pecuárias em Portugal, é de referir uma obra notável realizada por D. Luís e com o intuito de salvaguardar as suas lezírias. O Infante, com a respectiva autorização régia, desviou o curso do rio Tejo para mais de um quilómetro, uma obra de envolveu milhares de homens a seu cargo.
No campo da arquitectura, foi também da responsabilidade de D. Luís a construção da elegante loggia Açougues na cidade de Beja. As suas influências perante o rei são defendidas por alguns notáveis como Damião de Góis que afirma que D. João III teve sempre em muito boa conta o seu irmão D. Luís, não tomando nenhuma decisão relativa ao governo do seu reino, sem primeiramente consultar o Infante.
Desta feita, estes relatos contrariam em muito as opiniões que garantem que o rei demonstrava grande hostilidade para com seu irmão D. Luís. Porém, certo é que D. Luís sempre teve participação activa no reino de D. João III, desenvolvendo e levando a cabo grandes obras culturais e principalmente religiosas, conferindo-lhe assim o cognome de Infante de Portugal.
D. Manuel I nomeara ainda seu filho D. Luís fronteiro-mor da comarca de Entre Tejo e Guadiana, por carta dada em Lisboa a 16 de Novembro de 1521 e assinada por D. João III, ainda príncipe, uma vez que D. Manuel não o podia fazer.
Dom João III viria então a confirmar esta nomeação aquando da sua subida ao trono, por carta de 5 de Agosto de 1527, em Coimbra.
À semelhança desta mercê, D. Luís foi feito também Duque de Beja, sendo-lhe ainda atribuída a posse das vilas da Covilhã, Seia, Almada, Moura, Serpa, Marvão, concelho de Lafões e Besteiros.
Uma carta de doação de Évora datada de 29 de Março de 1534 outorgou-lhe as rendas e senhorios de todo o termo de Beja, em que tomara posse o Dr. Afonso Serrão, desembargador, ouvidor e chanceler da casa de D. Luís, em 5 de Abril.
Foi ainda D. Luís, Infante de Portugal, Condestável do reino e administrador perpétuo com jurisdição no Priorado do Crato, através de carta em Coimbra datada de 10 de Março de 1529, declarando-se comendatário do dito priorado por determinação de seu pai, Dom Manuel I.
D. Luís nunca chegou a casar, apesar de diversas vezes ter sido negociado o seu matrimónio. Uma das tentativas de matrimónio foi efectuada precisamente por Carlos V que pensou em casá-lo com Maria Tudor de Inglaterra, princesa e filha de Henrique VIII, sendo herdeira da coroa por morte do seu irmão Eduardo VI e que mais tarde viria então a casar com Filipe II de Espanha. Esta tentativa por parte de Carlos V não resultou meramente porque a França se opôs. Por outro lado, a Princesa Cristina, filha de Cristiano II da Dinamarca e viúva de Francisco Sforza, foi outra das hipóteses para o Infante D. Luís, o que aliás lhe daria a coroa milanesa.
Em Novembro de 1555, encontrando-se o Infante em Salvaterra, acabou por adoecer e foi trazido para a corte. Alojou-se no Mosteiro de S. Bento dos Lóios, numa quinta do Conde de Linhares D. António de Noronha. Ali o acompanharam, a mando do rei, D. António de Ataíde, Conde da Castanheira, e Pedro de Alcáçova Carneiro, secretário do conselho de El-Rei D. João III. Porém, dentro de poucos dias o Infante viria a falecer, sendo sepultado no Convento de Belém.
No campo religioso, é da opinião de alguns autores que em certa altura da sua vida o Infante desejou vestir a roupa característica dos Jesuítas, no entanto, e por motivos desconhecidos, não foi aceite pelos superiores inacianos.
No campo das técnicas e novidades agro-pecuárias em Portugal, é de referir uma obra notável realizada por D. Luís e com o intuito de salvaguardar as suas lezírias. O Infante, com a respectiva autorização régia, desviou o curso do rio Tejo para mais de um quilómetro, uma obra de envolveu milhares de homens a seu cargo.
No campo da arquitectura, foi também da responsabilidade de D. Luís a construção da elegante loggia Açougues na cidade de Beja. As suas influências perante o rei são defendidas por alguns notáveis como Damião de Góis que afirma que D. João III teve sempre em muito boa conta o seu irmão D. Luís, não tomando nenhuma decisão relativa ao governo do seu reino, sem primeiramente consultar o Infante.
Desta feita, estes relatos contrariam em muito as opiniões que garantem que o rei demonstrava grande hostilidade para com seu irmão D. Luís. Porém, certo é que D. Luís sempre teve participação activa no reino de D. João III, desenvolvendo e levando a cabo grandes obras culturais e principalmente religiosas, conferindo-lhe assim o cognome de Infante de Portugal.
BIBLIOGRAFIA
DIAS, João José Alves (Coord.), Portugal (do Renascimento à Crise Dinástica), in Nova História de Portugal (Dir. de Joel Serrão e A. H. de Oliveira Marques), Vol. V, Lisboa, Editorial Presença, 1998.
PORTUGAL, José Miguel João de, Vida do Infante D. Luiz / escrita por D. José Miguel João de Portugal., Lisboa Occidental : Off. de António Isidoro da Fonseca, 1735.
SOUSA, Manuel de, Reis e Rainhas de Portugal, 1ª Ed., Mem-Martins, SporPress, 2000.